6 dicas para você organizar suas finanças
Podemos considerar o hábito de organizar as finanças como um dos maiores desafios da vida cotidiana.
Uma recente pesquisa do Grupo Globo, divulgada em junho deste ano, revelou que 56% dos brasileiros não sabem onde gastam o próprio dinheiro e nem têm uma visão clara sobre as finanças pessoais.
Isso mostra um cenário de despreparo generalizado sobre educação financeira. Afinal, diferentemente do que muitos pensam, organizar as finanças vai muito além de cortar gastos.
Os motivos que levam isso a acontecer incluem:
• a falta de conversa sobre o assunto, que é tido como um tabu dentro e fora de casa;
• a renda média da maioria das famílias brasileiras, que mal cobre suas necessidades básicas, dificultando um planejamento financeiro;
• e o comportamento pautado no imediatismo, o qual desmotiva as pessoas a começarem ou manterem um planejamento.
Para contornar estas objeções, apresentamos neste conteúdo 6 dicas de como você pode começar a organizar suas finanças. Siga com a gente.
A importância de organizar as finanças
Antes de mais nada, queremos lembrar sobre a importância deste processo.
Além de ser o primeiro passo para atingir segurança e estabilidade, a organização financeira é possível e benéfica para pessoas em diferentes situações econômicas.
Especialmente para quem não tem uma renda alta, um plano torna-se indispensável para guiar um caminho em direção a uma maior solidez financeira, evitando preocupação com imprevistos e oportunizando investimentos e conquista de bens de maior valor aquisitivo.
E então, o que fazer?
Para organizar as suas próprias finanças não existe fórmula mágica. As dicas a seguir são como um guia, que deve ser adaptado conforme a sua realidade.
Este processo é de muito aprendizado e implica mais em uma mudança de comportamento do que na quantidade de dinheiro envolvida.
1. Entenda sua situação financeira atual
Antes de tomar qualquer decisão, precisamos reconhecer o cenário em que estamos, certo? Com sua situação econômica não será diferente.
Reúna todas as informações sobre suas receitas, despesas, dívidas, economias e investimentos para descobrir se o saldo está positivo, negativo ou neutro (quando as contas estão em dia, mas não há um fundo de reserva).
Em caso de saldo negativo, ou seja, se está com dívidas, elas serão sua prioridade. É hora de entender e encará-las de uma vez por todas!
Conheça os valores, o tempo de atraso e os juros gerados. Sempre que possível, troque as dívidas mais altas por um empréstimo com juros mais baixos. Neste momento, evite ainda utilizar o cartão de crédito, saindo de casa sempre com dinheiro contado.
Esta provavelmente será a etapa mais difícil, pois você terá de priorizar o autocontrole mais do que nunca. No entanto, quando superá-la, você vai encarar as próximas etapas com mais facilidade, pois se sentirá mais preparado.
Ao atingir o estado neutro ou positivo, é hora de seguir adiante e organizar as finanças para evitar novos deslizes.
2. Determine seu objetivo
O caminho fica mais fácil quando sabemos onde queremos chegar. Este é o momento de se perguntar sobre o que você pretende conquistar financeiramente daqui para frente.
Lembre-se que definir os objetivos é diferente de definir as suas necessidades. Estamos nos referindo às aspirações que você tem para o futuro, como comprar um carro novo ou conquistar a casa própria, por exemplo.
Para defini-los é preciso pensar também quantitativamente, apontando o valor e o prazo necessários para tornar o desejo realidade.
3. Entenda que algumas privações serão necessárias
Supondo que você não se encontra mais em um estado de endividamento, consideramos que a organização das suas finanças fluirá em direção ao objetivo definido.
Por isso, este será o seu foco daqui para frente e tudo que puder atrapalhar o processo precisa ser evitado. Controlar os desejos de compra não é uma tarefa fácil e ceder a eles é algo muito natural, que acontece com todos.
Só que a questão aqui não é sobre você se privar dos desejos e das atividades que te dão prazer, mas de não se deixar levar por TODOS eles, pois aí sim está fadado a comprometer seu orçamento.
Nestes momentos, escute suas vontades da maneira mais consciente e tenha sempre o seu objetivo principal em mente (vale anotá-lo em lugares que você visualiza com frequência, como sua agenda ou celular, por exemplo).
4. Torne a organização um hábito
Para superar o comportamento do imediatismo, que, como já citado, é um dos motivos que impedem o planejamento, é preciso tornar a organização do dinheiro um hábito que faz parte da sua rotina.
Isso levará um tempo, mas, certamente, pode se tornar uma atividade tão automática quanto escovar os dentes, desde que se dedique diariamente a ela.
Você deve estar se perguntando neste momento: ‘Mas afinal, qual é essa tal atividade que eu precisarei repetir no dia a dia?’ A resposta está na próxima dica.
5. Recorra a métodos de anotação e controle de gastos
O hábito de anotação é indispensável para organizar as finanças e precisa, sim, ser feito sempre que houver uma movimentação no seu dinheiro – para mais ou para menos.
Para quem detesta ou não tem habilidade com as famosas planilhas, é possível escolher um método mais simples, como o caderno de anotações ou as notas do celular, ou mais tecnológico, como os aplicativos de celular específicos para isso.
Da mesma forma, existem também os métodos de controle de gastos, que podem ser aliados para direcionar o dinheiro que entra.
Por exemplo, o Método 50, 30, 20 funciona de forma simples, dividindo a renda líquida mensal em três partes: 50% para as despesas fixas, 30% para as despesas variáveis e 20% é o montante de dinheiro que você vai poupar.
6. Pense em longo prazo
A partir do momento que organizar as finanças se tornar um hábito na sua vida, mais um importante passo rumo ao seu objetivo será possível.
Em pouco tempo, boa parte do seu dinheiro será poupado e, mesmo não sendo o valor total do bem desejado, você já poderá garantir que chegará lá, desde que o invista da maneira certa: através do consórcio.
Assim como as demais dicas, o consórcio tem como essência a educação financeira. Ele está atrelado ao planejamento de compra em longo prazo, proporcionando a consciência do controle ao mesmo tempo que o leva à realização de seu sonho.
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